ParaíbaPolíticaSaúde

Conselho de Ética abre processo contra Cabo Gilberto após deputado entrar na AL sem vacina

O deputado Manoel Ludgério (PSD) informou na manhã desta terça-feira (05) a abertura de um processo contra o deputado Cabo Gilberto Silva (PSL) no Conselho de Ética após o parlamentar entrar na Assembleia Legislativa da Paraíba sem tomar vacina contra Covid-19.

Segundo Ludgério, até a próxima semana o colegiado vai se reunir para deliberar sobre o parecer.

O deputado Adriano Galdino (PSB) tinha anunciado que enviaria  ao Conselho de Ética da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) a representação contra o deputado bolsonarista.

“Não podemos aceitar de forma pacífica que o deputado possa contrariar uma norma da casa, por mais que vossa excelência mostre o teste, sabe que ficou acertado que só poderiam adentrar à Casa de Epitácio Pessoa com a segunda dose. Vossa excelência descumpre a determinação da casa. Vossa excelência tem o direito de não tomar vacina. O seu direito só é menor que o direito coletivo. É menor ainda em relação ao nosso direito à vida”, disse o socialista.

Cabo Gilberto aponta ‘discriminação’

Em sua fala, o deputado Cabo Gilberto Silva afirmou ser discriminado pelo fato de não ter tomado a vacina.

“Fiz o exame, eu não estou com coronavírus. Não posso dizer a mesma coisa de quem está com passaporte sanitário. Quero justificar minha entrada, não sinto nenhum sintoma. Fiz o teste de coronavírus para que todos fiquem tranquilo. Estou me sentido discriminado. Defendo a vacina, mas não posso defender a obrigatoriedade”, frisou.

Questão de ordem 

Mais cedo, o deputado Hervázio Bezerra (PSB) apresentou uma questão sobre a presença do deputado bolsonarista no Plenário da Casa de Epitácio Pessoa, apesar de não estar vacinado.

O líder da oposição apresentou um exame com resultado negativo para Covid-19 e teve acesso às dependências da casa legislativa.

Para Hervázio, a Mesa precisa analisar se é possível abrir brecha para que Gilberto Silva possa exercer o trabalho de forma presencial, já que a resolução que tratou sobre o retorno das atividades presenciais estabeleceu que funcionários e deputados que voltassem à Casa precisariam estar com as duas doses de vacina contra o coronavírus.

“Diante da resolução, não vi que o resultado do exame dava direito a qualquer servidor ou deputado permanecer no plenário. Trata-se de uma questão de vida. Estamos aqui diante de uma quadro para que o presidente se pronuncie diante da decisão que vamos tomar. Estou levantando essa questão de ordem para que o colegiado possa decidir, aqui é uma questão de vida”, disse Bezerra.

Fonte: Mais PB

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.